sem planejar, a vida se mostra para mim

o que mais me agrada em nova york? acho que é o caos. uma cidade que você pode até planejar tudo o que quer fazer, mas quando chega lá, ela te desvia do seu caminho.  ainda em são paulo eu até coloquei no meu caderninho: vou no moma, met, vou no central park, no jardim botânico, vou no rubin museum, no metropolitan, vou passar na origins para comprar meu perfume, vou andar pelo soho um dia todinho, vou na bloomingdale's ver se pego alguma liquidação, vou na mac, vou no cooper&hewitt museum, no whitney, na morgan library, vou passear no bryant park, no riverside park, vou na united nations, quem sabe no tenement museum, e - dessa vez - sem falta vou voltar no zoo do bronx... só que quando chega lá, tudo muda e você - literalmente - dança conforme a música. pega outro rumo. alguns dos lugares que eu jurei que ia dessa vez, me escaparam - slipped from my hands and my thoughts. e no final das contas, eu nem pena senti. porque sempre curto tudo o que a cidade pode me dar.

dessa viagem, os meus top five foram:

dia:beacon - museu de arte contemporânea, situado a 100 kms de nyc. você pega o trem na grand central e depois de uma hora de meia chega lá.adorei as elipses de richard serra, os desenhos de sol lewitt e as telas de agnés martin.
moma - sempre moma. adoro ver as exposições que têm por lá. dessa vez, quem me encantou foi de novo o richard serra + ad heinhardt e toujours jackson pollock. também conheci o bernard newmann e adorei.
soho, num domingo pela manhã - as ruas ainda estão vazias, a luz é incrível, as casinhas, as lojas, os pequenos cafés e restaurantes são um frescor para olhos e paladares.
aka times square - o hotel que ficamos na 44st. uma delícia. era uma suíte com aproximadamente 50m2, com cozinha completa, fomos no food emporium, compramos comida, cozinhamos, queimamos panelas, quebramos um copo, abrimos um, dois, três vinhos, comemos queijo, tomamos suco de cenoura com laranja. enfim, moramos lá por uns dias.
banco na frente do rio hudson: simples, assim. fica observando o skyline do outro lado, deitada no banco, no colo do sergio. olhar e viver, cheirar e viver, viver e sonhar

um dia comum, andando pelas ruas

às vezes, gosto de tirar foto sem apontar para nenhum objeto ou pessoa ou paisagem. simplesmente apertar o 'gatilho' da câmera conforme vou andando. os ângulos, naturalmente são sempre inusitados e de vez em quando surge uma foto interessante.



sombras e luzes

oyster bar, grand central station

o oyster bar é muito antigo, nasceu em 1913 junto com a Grand Central Station. ainda hoje mantém a boa qualidade da comida e especialmente das ostras. são mais de 30 variedades, P,M,G e GG.os pratos de frutos do mar também são o máximo. eu comi um linguado com espinafre e o sergio um outro peixe do pacífico, com molho cajun. isso depois de um prato de ostras. sempre é um dia feliz para mim ir ao oyster bar. 

indo para beacon, a 80 minutos de manhattan

fomos visitar um museu que fica em beacon, cidade ao norte. pegamos um trem na grand central e depois de uma hora e meia chegamos lá. a viagem foi uma delícia, adoro ver a paisagem da vida, pessoas, natureza, pela janela. entendo os voyeurs.

da janela do moma

quinta avenida, à beira do central park

a dívida americana

aquele painel eletrônico colado ao edifício está mostrando a dívida americana, a cada instante os números giram, mostrando o aumento por segundo.
era na rua do nosso hotel e todos os dias, víamos alguém filmando ou fotografando.
além do montante total, o painel mostra esse total dividido pelas famílias. ou seja, cada família deve mais de 122 mil dólares.

springtime

central park, domingo frio, 8 graus

novaiorqueporinteiro

umas pequenas férias de 9 dias foram suficientes para me tirar fora de tudo, do trabalho, do dia a dia da casa, das contas a pagar, das contas a receber, do trânsito, do escritório, do caminho para a yoga - da yoga, não, eu não esqueço! também não esqueço dos meus cachorros, do meu travesseiro, do meu chuveiro. tem coisas que ficam em mim por mais que fique longe delas. mas o fato é que nessas microférias eu me joguei por inteiro em nova york. dias intensos, frios, azuis, cinzas, poliglotas, cheios de placas de neon iluminadas, cheio de números de ruas, de esquinas que falavam francês, italiano e português do Brasil. dias de vitrines e museus e olhos de pessoas de todas as cores. a primavera começou em nova york.

criar nomes

acho que é o trabalho mais difícil entre os tantos que faço. imagina criar nomes para produtos, em um mundo superpovoado por produtos? imagina criar nomes para empresas em um mundo idem, idem?  imagina criar nomes que funcionem tanto no Brasil, como no México, em Cuba, nos países de língua inglesa e francesa? imagina? e ainda tem que ser criativo, original, igual a nenhum outro nome nessa face da terra. mas tem que ser legível, pronunciável, memorável.... ai, ai, ai. é uma dor de parto criativa.

e o pior é que eu gosto. adoro brincar com as letras e as palavras.

foi assim que criei alguns nomes.
por exemplo, os nomes dos produtos de naturé, uma linha de produtos de cuidados pessoais para crianças, da natura. os nomes são inspirados em onomatopéias ou expressões infantis:

shampoo para cabelos encaracolados: toin oin oin
hidratante para o corpo: lero lero
creme para pentear: tchop tchura

é assim eu vou. misturando as letrinhas e tentando ser original....
às vezes eu consigo.