black friday

vi na TV uma matéria sobre a loucura da Black Friday, aquele dia nos EUA em que as lojas dão "descontos arrasadores" (como diriam suas próprias vitrines). de fato é um fenômeno, até 90% de descontos em alguns produtos. o que me leva a pensar que esses 90% são gordura, não é mesmo?
afinal ninguém vende abaixo do custo, a não ser em caso de beira de falência. como não era o caso, as lojas deram desconto da gordura, ficando com, no mínimo, o preço de custo... não precisa ser nenhum gênio da economics para entender essa regrinha... noves fora... enfim.

isto posto, fiquei observando as expressões dos americanos que passaram a noite em barracas para poder pegar o primeiro lugar na fila. sim, o consumo é um pop star e, por ele, tem gente que vara a noite em pé, no frio, com fome, com vontade de fazer xixi, só para chegar perto daquele forninho elétrico que também é despertador ou daquela calça jeans que tem a boca bem larga (ou bem justa). isso sem falar na cara das pessoas quando as portas abriam e uma avalanche - literal - escorria para dentro da loja.

uma dessas pessoas era uma mulher que levou com ela um spray de pimenta e não hesitou em borrifar o gás nos olhos dos outros consumidores que - inadvertidamente - se colocaram entre ela e seus objetos de desejos. "ah, quer essa TV Full HD? pode sair para lá, pois a TV é minha!" e shssss, tacou pimenta nos olhos alheios. isso aconteceu em um dos Wal Mart de Los Angeles.

incrível. eu fiquei com essa história na cabeça.
esse fato é de tamanha importância sociológica.
que mundo é esse afinal?
será que vivemos em uma grande sexta-feira negra?

e o sábado de sol, quando chega?

4 comentários:

  1. e vc viu que a "moda" começou aqui também?

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  2. não. a do spray de pimenta? ou das liquidações arrasadoras?

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  3. das liquidações. pelo menos os grandes magazines virtuais entraram na onda (se foram mesmo arrasadoras eu não sei, pq não cheguei a conferir).

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  4. ai, fátima, está me dando uma preguiça muito grande dessa história de compra, compra, compra. ... muito consumo demais (e olha que sempre gostei de uma comprinha)

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