astrologia é uma delas e uma das mais longas. quanto eu tinha uns 19 anos e estava em camburi com as minhas amigas, a irmã mais velha da lucia - silvia - estava começando a estudar astrologia. ela levou uns três livros com ela. peguei um deles, se não me engano era do dane rudhyar e comecei a folhear. quando, pouco a pouco, uma paixão imensa foi se descortinando para mim. comecei a me interessar pelos signos, pelas casas, pelos elementos. virei amiga da silvia, e quando cheguei em são paulo, fui na livraria e comprei todos os livros que meu dinheiro podia comprar.
como toda paixão, eu fiquei uns dias sem comer, sem dormir direito, sem sair, tudo para ler os livros.
comecei a calcular o meu mapa, o mapa dos meus amigos, do meu namoradinho. enfim.
aos 20 e poucos estudei seriamente com a Monica Grohmann e depois com o Valdenir Benedetti. ele era um bonitão que dava aulas na rua pamplona. nunca me esqueço da sala cheia de mulheres e uma delas estava inteirinha de vermelho. tailleur vermelho, sapato vermelho, bolsa vermelha, batom vermelho, unhas vermelhas. achei aquilo um exagero tão grande que me deu um pouco de abuso da aula. não aguentava tanta mulherada jogando charme para cima do Val e ele, leonino, adorando cada olhada, cada babada. o Val se foi ano passado, aos 50 e poucos anos, de ataque do coração. fiquei um pouco triste, e me lembrei imediatamente da woman in red. engraçado as curvas que a memória dá na gente...
bom, do Val eu comecei a frequentar congressos até que um dia eu finalmente achei que poderia começar a atender. tive três clientes (pagos). a primeira era uma jornalista fofa que adorou minha leitura e me indicou uma amiga dela cética, advogada e chata, que odiou. o terceiro foi um amigo, que eu tive uma das leituras mais loucas da vida. disse a ele para tomar cuidado com 'bater a cabeça' em acidentes. pois umas duas semanas depois da sessão, não é que ele caiu de bicicleta, bateu a cabeça e ficou em coma uns dias!!!! (depois se curou e não ficou nenhuma sequela)
eu fiquei muuuuito impressionada e decidi nunca mais ler mapa.
continuo lendo livros, consultando astrólogos bacanas, fazendo mapa, revolução. fiz um outro curso com a Ciça Bueno que foi muito bacana. hoje me considero uma decana da astrologia. mas uma amante, não esposa.
liz taylor, por Sato
nunca me esquecerei de dois filmes dela:
'gata em teto de zinco quente' e 'quem tem medo de virgina wolf'
muito bons.
a física quântica por pedro, 4 anos.
- "mãe, o infinito é menor que o nada?"
- "hã?!!!!!!!
- "o infinito é menor que o nada?"
- "acho que não, meu filho, nada é menor que o nada."
- "mas o nada não é o tudo?"
- "hã?!!!!!!!
- "o infinito é menor que o nada?"
- "acho que não, meu filho, nada é menor que o nada."
- "mas o nada não é o tudo?"
jorge
na minha rua da infância tinha um mendigo chamado Jorge. durante o dia, ele ficava de um lado para o outro, na clássica imagem do homem com uma capa de cobertor. durante o dia, falava com seus demônios particulares, às vezes berrava frases incompreensíveis; outras, ficava quieto, ouvindo um radinho de pilha que ele ganhou de um dos moradores. à noite, arrumava o seu quartinho de dormir, estendia um colchão velho, cobria com lençol, tirava o cobertor das costas e colocava na cama. ligava o radinho e colocava ao lado do colchão. as comidas que ganhava, colocava do outro lado e ali, dormia.
eu me sentia de certa forma protegida com aquela figura. a existência do jorge me confortava. nem sei bem direito por quê. talvez porque ele era previsível em sua jornada. todos os dias fazia a mesma coisa. me acostumei com o jorge na paisagem da rua barão de tefé. até que certo dia, o Jorge sumiu. ficamos todos preocupados. onde será que ele foi? ouvimos histórias da vida dele contadas pelo sr Zezinho, o vigia. disse que ele tinha sido rico e abandonou família, mulher, filhos, por causa da bebida e depois enlouqueceu. e que a polícia devia tê-lo levado para um abrigo. não sei o que aconteceu. o que sei é
que depois de um mês, mais ou menos, tocou a campainha lá em casa e era o Jorge. pediu um rádio de pilha.
eu me sentia de certa forma protegida com aquela figura. a existência do jorge me confortava. nem sei bem direito por quê. talvez porque ele era previsível em sua jornada. todos os dias fazia a mesma coisa. me acostumei com o jorge na paisagem da rua barão de tefé. até que certo dia, o Jorge sumiu. ficamos todos preocupados. onde será que ele foi? ouvimos histórias da vida dele contadas pelo sr Zezinho, o vigia. disse que ele tinha sido rico e abandonou família, mulher, filhos, por causa da bebida e depois enlouqueceu. e que a polícia devia tê-lo levado para um abrigo. não sei o que aconteceu. o que sei é
que depois de um mês, mais ou menos, tocou a campainha lá em casa e era o Jorge. pediu um rádio de pilha.
memórias
quando eu era pequena morava em uma rua só de casas. as famílias vizinhas conviviam em bastante harmonia. naquela época não havia tanta violência, não se tinha medo de andar à noite, de brincar na rua. eu tinha uma turma de amigas e amigos. com eles compartilhei as primeiras experiências de descobertas do outro, da vida, das relações. jogávamos queimada em frente de casa, brincávamos de esconde-esconde e taco, um jogo que nunca mais ouvi falar.
éramos sete amigas e não-sei-quantos amigos. entre as meninas as nossas conversas giravam em torno de paqueras e namoros e cartomantes, tarólogas, videntes. também jogávamos yam e cartas. nos feriados e férias íamos para a praia e para o interior, numa cidade chamada águas de são pedro.
nessas ocasiões eu aprendia muitas coisas de mulher, que na minha casa não se ensinava. (minha mãe não era nada vaidosa, então não tinha como me transmitir certos segredinhos típicos femininos). aprendi a me maquiar, a secar o meu cabelo com bobs, a hidratar os fios com neutrox e outro creme amarelo-ovo. aprendi a usar coca-cola no corpo enquanto tomava sol, para ficar bem queimada (no caso, tostada) e outras barbaridades mais.
uma delas que nunca me esqueci consistia em passar o cabelo a ferro. isso mesmo. precisava de duas meninas. enquanto uma esticava seus próprios cabelos na cama ou em uma tábaua de passar roupa, a outra pranchava os fios, com o ferro estalando de quente! eu nunca fiz isso em mim mesma, mas assisti inúmeras vezes uma das meninas e sua irmã a fazer isso. o cabelo, naturalmente, ficava um horror.
éramos sete amigas e não-sei-quantos amigos. entre as meninas as nossas conversas giravam em torno de paqueras e namoros e cartomantes, tarólogas, videntes. também jogávamos yam e cartas. nos feriados e férias íamos para a praia e para o interior, numa cidade chamada águas de são pedro.
nessas ocasiões eu aprendia muitas coisas de mulher, que na minha casa não se ensinava. (minha mãe não era nada vaidosa, então não tinha como me transmitir certos segredinhos típicos femininos). aprendi a me maquiar, a secar o meu cabelo com bobs, a hidratar os fios com neutrox e outro creme amarelo-ovo. aprendi a usar coca-cola no corpo enquanto tomava sol, para ficar bem queimada (no caso, tostada) e outras barbaridades mais.
uma delas que nunca me esqueci consistia em passar o cabelo a ferro. isso mesmo. precisava de duas meninas. enquanto uma esticava seus próprios cabelos na cama ou em uma tábaua de passar roupa, a outra pranchava os fios, com o ferro estalando de quente! eu nunca fiz isso em mim mesma, mas assisti inúmeras vezes uma das meninas e sua irmã a fazer isso. o cabelo, naturalmente, ficava um horror.
feliz ano novo
amanhã, dia 21 de março, o sol se muda para áries e se inaugura o ano novo - segundo a astrologia.
é o fenômeno do equinócio da primavera no hemisfério norte e equinócio do outono, aqui para nós.
existe no ar uma energia de mudanças, novidades e surpresas.
é bom deixar fluir. abençoar a vida, em todas as suas transformações.
que seja bem-vindo o outono.
é o fenômeno do equinócio da primavera no hemisfério norte e equinócio do outono, aqui para nós.
existe no ar uma energia de mudanças, novidades e surpresas.
é bom deixar fluir. abençoar a vida, em todas as suas transformações.
que seja bem-vindo o outono.
Fases da Vida (segundo o planeta Saturno)
1. até os 15 anos = crescimento (receber a vida)
2. dos 15 aos 30 anos = amadurecimento
3. dos 30 aos 45 anos = compartilhamento (compartilhar a vida)
4. dos 45 aos 60 anos = consolidação, redirecionamento interior
5. dos 60 aos 75 anos = recolhimento (irradiar a vida)
6. dos 75 aos 90 anos = irradiação
2. dos 15 aos 30 anos = amadurecimento
3. dos 30 aos 45 anos = compartilhamento (compartilhar a vida)
4. dos 45 aos 60 anos = consolidação, redirecionamento interior
5. dos 60 aos 75 anos = recolhimento (irradiar a vida)
6. dos 75 aos 90 anos = irradiação
sobre o quantiva
o nome surgiu de uma mistura de quântica com viva. a quântica, um pensamento da física que propõe um novo jeito de ver a vida, o mundo, de pensar sobre a nossa existência nesse espaço entre céu e terra + a palavra :viva:
meu blog é um espaço de pequenas crônicas sobre a existência, a dinâmica dos meus sentimentos, memórias e sensações. um pequeno diário da minha existência. pílulas quânticas.
meu blog é um espaço de pequenas crônicas sobre a existência, a dinâmica dos meus sentimentos, memórias e sensações. um pequeno diário da minha existência. pílulas quânticas.
santos
como existem santos no panteão católico! só hoje se celebra o dia de três deles:
São Bonifácio, Santa Matilde, São Leão (esquisito, será Santo Leão?)
São Bonifácio, Santa Matilde, São Leão (esquisito, será Santo Leão?)
previsões para dia 14 de março
a tendência é que a gente se enrole nos inúmeros compromissos assumidos e não consiga estabelecer uma agenda eficiente e produtiva. os impedimentos que surgem parecem inoportunos, mas são bem-vindos para interromper a inútil agitação.
mas amanhã o clima é de romantismo, amorosidade, carinho e paixão. se acha que encontrou o amor da sua vida, o momento é muito propício de firmar o compromisso.
;)
mas amanhã o clima é de romantismo, amorosidade, carinho e paixão. se acha que encontrou o amor da sua vida, o momento é muito propício de firmar o compromisso.
;)
domingo
acordamos cedo e fomos andar à pé. tinha o anúncio de uma exposição do Haroldo de Campos no Itaú Cultural. pois fomos para lá. andamos pela oscar freire, subimos a padre joão manoel até a paulista e de lá fomos até o instituto. domingo de manhã, as ruas vazias. as vitrines apagadas, só senhores e senhoras andando pela cidade, saboreando a solitude, o vazio. descanso do imenso.
a exposição era um nada. mas o passeio foi muito máximo. para almoçar, escolhemos o ritz, depois de algumas divergências típicas de casal.
foi delícia. escolhemos de entrada bolinho de arroz e croquetinho de carne. no principal, fiquei com fresh salad e meia porção de linguini de camarão com abobrinha. para beber, uma (duas) marguerita. hummm.
depois voltamos para casa. dormi um bocado.
(agora trabalho um bocado).
a exposição era um nada. mas o passeio foi muito máximo. para almoçar, escolhemos o ritz, depois de algumas divergências típicas de casal.
foi delícia. escolhemos de entrada bolinho de arroz e croquetinho de carne. no principal, fiquei com fresh salad e meia porção de linguini de camarão com abobrinha. para beber, uma (duas) marguerita. hummm.
depois voltamos para casa. dormi um bocado.
(agora trabalho um bocado).
o tempo da manicure
a de hoje é nova para mim, chama Áurea, mora na Penha, mas sente falta da Pompéia, onde alugava uma casa - desde 1979 - isso antes de ir para Londres e morar lá por três anos na casa de uma tia.
fazia unha e faxina para sobreviver. aprendeu um pouco de inglês, adorou viver em terras inglesas, mas voltou por causa do frio.
é muito frio e muito escuro. sinto falta do sol e do calor do brasileiro.
mas, agora quer ir mesmo para os EUA onde mora o filho, a nora e o netinho. eles vivem em phoenix. ele é um atleta - graças a deus. hoje corre de bike, antes era de skate, ela morria de medo pois muitos amigos dele morreram na rabeta de caminhão. hoje agradece aos céus, ele ter escolhido a bike.
ele é muito lindo. chegou lá nos EUA logo fez o maior sucesso com as mulheres. porque elas, como as inglesas, gostam mesmo é de brasileiro. porque os homens estrangeiros são frios. não têm esse carisma que tem o brasileiro. você tem uns belos cílios.
obrigada! eu quero passar 40 graus embaixo e garota verão em cima.
duas camadas?
sim.
então, eu estou morando na penha na casa da minha irmã. eu pego o metrô todos os dias para vir trabalhar aqui na vila madalena. demora menos de uma hora. o problema é a quantidade de pessoas nos vagões. nunca vi tanta gente juntas. em londres não é assim. acho que tem menos gente. que rímel você usa?
um da avon - magic shock eu ganhei de uma amiga e adorei. nunca mais tiro.
prefere spray ou óleo secante?
spray
pronto. muito obrigada!
obrigada você.
tchau, até.
fazia unha e faxina para sobreviver. aprendeu um pouco de inglês, adorou viver em terras inglesas, mas voltou por causa do frio.
é muito frio e muito escuro. sinto falta do sol e do calor do brasileiro.
mas, agora quer ir mesmo para os EUA onde mora o filho, a nora e o netinho. eles vivem em phoenix. ele é um atleta - graças a deus. hoje corre de bike, antes era de skate, ela morria de medo pois muitos amigos dele morreram na rabeta de caminhão. hoje agradece aos céus, ele ter escolhido a bike.
ele é muito lindo. chegou lá nos EUA logo fez o maior sucesso com as mulheres. porque elas, como as inglesas, gostam mesmo é de brasileiro. porque os homens estrangeiros são frios. não têm esse carisma que tem o brasileiro. você tem uns belos cílios.
obrigada! eu quero passar 40 graus embaixo e garota verão em cima.
duas camadas?
sim.
então, eu estou morando na penha na casa da minha irmã. eu pego o metrô todos os dias para vir trabalhar aqui na vila madalena. demora menos de uma hora. o problema é a quantidade de pessoas nos vagões. nunca vi tanta gente juntas. em londres não é assim. acho que tem menos gente. que rímel você usa?
um da avon - magic shock eu ganhei de uma amiga e adorei. nunca mais tiro.
prefere spray ou óleo secante?
spray
pronto. muito obrigada!
obrigada você.
tchau, até.
frases inspiradoras
"It is not so hard to be original, what is hard is to be original with continuity."
Andrés Segovia
Andrés Segovia
moto-contínuo, armando freitas filho
comecei cedo e distante. para escrever, despreparei-me desesperei: escrevo sem parar, meu álibi, meu escudo de papel, às vezes bandeira. a letra varia, louca. do garrancho apressado para pegar em flagrante à caligrafia medida, meditativa. entre uma e outra vale-tudo - rabisco, reparo, ruína. leio em voz alta, gravo, escuto-me sozinho. aí bato, copio, amasso, erro, apago, rasgo, a mão, os datilógrafos, borro o monstro, com elefantíase, apuro. agora, digito, salvo, me perco, deleto, sem impressão. "amanhã recomeço"
como me identifico com isso, meu deus!
como me identifico com isso, meu deus!
carnaval na havaí
arrumação de armário - separando roupas para dar para as amigas e para as primas (difícil o desapego
de peças que já foram tão importantes na vida, já vestiram momentos tão especiais, mas o fato é que já estão encostadas há mais de ano, há mais de anos, tchau)
limpeza da geladeira - abrir pote por pote, jogar fora restos de geléias, doces, queijos que já eram,
limpar, arrumar, ordenar.
dormir depois do almoço, deixando a revista dormir no peito. delícia.
assistindo filmes: o discurso do rei, ghost writer, tropa de elite 2, tampopo (os brutos também comem espaguete)
trabalhando com o Dani: pesquisando imagens e conteúdos para um vídeo
vendo o desfile do rio pela fresta da TV
andando pela vila madalena vazia
vivendo a vida em casa - plena, inteira, verdadeira
almoçando na casa de amigos ontem - tomando cerveja, contando piadas, lembrando músicas
belo carnaval
de peças que já foram tão importantes na vida, já vestiram momentos tão especiais, mas o fato é que já estão encostadas há mais de ano, há mais de anos, tchau)
limpeza da geladeira - abrir pote por pote, jogar fora restos de geléias, doces, queijos que já eram,
limpar, arrumar, ordenar.
dormir depois do almoço, deixando a revista dormir no peito. delícia.
assistindo filmes: o discurso do rei, ghost writer, tropa de elite 2, tampopo (os brutos também comem espaguete)
trabalhando com o Dani: pesquisando imagens e conteúdos para um vídeo
vendo o desfile do rio pela fresta da TV
andando pela vila madalena vazia
vivendo a vida em casa - plena, inteira, verdadeira
almoçando na casa de amigos ontem - tomando cerveja, contando piadas, lembrando músicas
belo carnaval
tropa de elite 2
demorou mas assisti. ontem à noite. é um filme corajoso, que revela o super esquema de corrupção enredado pelo nosso país. wagner moura está soberbo. e o filme - apesar de ter um roteiro muito didático em alguns momentos - é ágil e dinâmico, daquele que não se desgruda os olhos. quem não viu, vale a pena ver.
a vida através das gargalhadas
hoje houve um encontro feliz. uma querida amiga, grávida de nove meses, fez um chá de bebê. dezessete amigas foram. uma delícia. mulheres de várias idades, várias cores, duas de tranças no cabelo, duas outras grávidas, uma recém-mãe, a outra menina de doze anos ouvindo tudo. a mãe de minha amiga. até a cachorrinha era mulher: mel. foi uma festa de mel.
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