londres

neurocientistas afirmam que o tempo da viagem vale mais que o tempo do cotidiano, porque é o tempo das novidades e o cérebro apaga as repetições, já o novo ele absorve rapidamente. como tudo foi absolutamente inédito nessa viagem, a impressão que tenho é que vivi muito. muito tempo em 14 dias.

londres é imensa, interessante, feia, tradicional, moderna, esquisita, fria, cinzenta, terra de garoas e de gentes. uma terra cheia de véus, que para apreciar é preciso desvendar. ao contrário de paris - que é mais evidente em seus encantos ou até mesmo de nova york, mais próxima de nós, latinos.

ficamos em Earls Court, pertinho de South Kensington, uma região bem residencial, cheia de casas e pequenas mansions chiques e praças com árvores centenárias. bem cedinho, mulheres passeavam com seus cachorros e suas capas de chuva chiques (dizem que os londrinos de verdade não usam guarda-chuva, mas sim capas de chuvas com capuz). o hotel era bem charmoso, chama Base2Stay, com um staff atencioso (só estrangeiros, indianos em sua grande maioria). o quarto era pequeno, porém confortável e com uma pequena cozinha, o que foi fundamental para nosso café da manhã e sopinha no final do dia. (uma economia significante).

tudo lá é caro. muito caro. além do pound ser muito valorizado em relação ao real (3x1), as coisas ainda são numericamente caras para eles também. para nós, acostumados a viajar para Nova York, Londres fica proibitiva em muitos aspectos. compras em farmácias, (meus creminhos terão que esperar pela Big Apple), refeições em restaurantes, ticket do metrô, uma única passagem custa 4,20 pounds (~ 12 reais). mas, por outro lado, existem muitas diversões de graça. museus, por exemplo, a maior parte deles não cobra pelo acesso às coleções particulares. o que são pagas são as exposições especiais. (por uma exposição do picasso, pagamos 14 pouns each!) também existem várias feiras ao ar livre, como a de Camdem Town e Portobelo Road. são ícones londrinos, cheios de barraquinhas de antiguidades, tranquerias e curiosidades. engraçado. passamos bons momentos em Camdem Town, a mais vazia das duas, pelo menos no dia em que fomos.

turistas estão lá aos borbotões. europeus do leste e do oeste. espanhóis, italianos, franceses e línguas eslavas. a oxford street, paraíso dos consumidores de fast fashion, ficava lotada a todas as horas do dia. gente entrando e saindo das lojas, carregando suas sacolas baratas, cheias de itens made in china. muitos brasileiros ali. loucos pelo consumo.







Nenhum comentário:

Postar um comentário