sexta-feira fui à festa da minha sobrinha que se formou em engenharia em são carlos. festa comme il faut. num grande salão, com mães e formandas em longos esvoaçantes, cabelos arrumados em coques despropositadamente desalinhados, com muitos apliques, lantejoulas, diademas. maquiagens carregadas nos olhos e bocas, homens desconfortáveis em seus ternos e sapatos engraxados. garçons universitários, fazendo bico, e servindo os convivas de cervejas, refrigerantes e espumantes. nas mesas, algumas garrafas de whisky que os próprios convidados traziam e entornaram na primeira meia hora. ao fundo do salão, a banda tocando miscelânias dos anos 90 e 2000, com uma acústica que embaçava as vozes, impedindo que a gente distinguisse uma MPB de uma música POP. mas teve valsa, teve nomes dos formandos proclamados ao microfone pelo mestre de cerimônias. teve palmas, gritinhos de comemoração e alívio. e um buffet variado. com queijos, pães, patês, caldinhos, cuzcuz, salpicão, carne louca, carne ao molho madeira, massa com molho de tomate.
e as pessoas felizes. a família da minha sobrinha feliz. pai, mãe, irmão, avó, tias, tios. todos confortáveis em seus longos e ternos.
eu ali, tão perto e tão longe.
fui embora quando as moças começaram a tirar as sandálias de tiras finas e saltos altíssimos. e quando os garçons começaram a se sentar no chão, cansados de tanto servir.
nenhum filho meu participou da própria formatura - só da colação de grau obrigatória, aquela sem pompa e sem gala - e eu achei isso ótimo!
ResponderExcluirconfesso que não faz meu gênero, e nem eu participei das minhas...
ai nem me fale.... para mim é um circo indigesto....
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