domingo, 29 de maio, 13 graus

acordei 9h00, estava frio, muito frio. desci tomei café, subi, tomei banho e decidi passear um pouco, afinal o céu estava tão azul, fazia sol... mas estava frio, me agasalhei em mim, coloque meia bem quentinha, chamei o sergio e em vez de passear fomos assistir a trilogia do senhor dos anéis em blu ray (ai essas tecnologias novas que a gente vai adquirindo e vai se encantando!). a qualidade da imagem era espetacular. assistimos os três filmes. só paramos para almoçar. ficamos enroscados, um no outro e os dois num cobertorzinho. os cães aos nossos pés, o daniel, em seu quarto. de vez em quando aparecia para pegar um docinho, um suco, para olhar um pouco para a imagem tão nítida, tão perfeita. e assim, passou um domingo lindo. é fácil ser feliz.

mais paulo leminski

para umas noites que andam fazendo

deixa eu abrir a porta
quero ver se a noite vai bem

quem sabe a lua lua
ou nos sonhos crianças
sombras murmuram amém

deixa ver quem some antes
a nuvem a estrela ou ninguém

ex-estranho, paulo leminski

"o que o amanhã não sabe, o ontem não soube. Nada que não seja o hoje jamais houve."

estou triste

essa história do código florestal me deixou muito triste. mais do que as outras sem-vergonhices que saem de brasília todos os dias.

capitalistas não gostam de árvores

complementando o post abaixo... se os comunistas não gostam de árvores (talvez porque ocupem espaço produtivo), os capitalistas também não têm apreço pelo verde, afinal são eles, os grandes capitalistas que derrubam quilômetros e quilômetros de floresta.

comunistas não gostam de árvores

berlim ocidental tem muitas praças, com árvores frondosas, de centenas de anos. aos domingos de sol, os alemães e estrangeiros estendem suas toalhas na grama verde e lêem, fazem piquenique, namoram, contemplam, dormem.

já berlim oriental quase não tem praças e as árvores também são muito poucas e todas elas não chegam a dois metros. penso que elas foram plantadas depois da queda do muro em 1989. eu visitei a cidade em 2005, logo as árvores tinham 26 anos, no máximo. isso me fez pensar que os comunistas não gostavam de áreas verdes. lembro que na época refleti um bocado sobre essa questão.

pois bem, ontem à noite quando vi que o congresso nacional aprovou o novo código florestal por 418 votos contra 60 e poucos, tive certeza de que eles realmente não se importam com árvores. lembro que aldo rebello o grande autor dessa pouca vergonha é do PCdoB - partido comunista do brasil.

fog

a umidade em manaus é tão grande, que ao tirar uma foto, parece uma neblina, um fog. como se a imagem digital fosse um quadro à óleo.

igapós

os igapós só existem no inverno - na cheia do rio - no verão a água abaixa e essa paisagem muda totalmente, virando areia ao invés de água.

entre a seca e a cheia há uma variação de 10 metros
do rio negro

praia

nadei no rio, apesar do medo de sucuri. a cor da água é escura - parece coca-cola - mas é bem quentinha. me senti muito próxima de mim mesma. feliz, feliz

esplendoroso rio negro

cinco dias no rio negro

sempre quis ir à amazônia. em 2001 estava com passagem comprada, vacinas tomadas e, na última hora, não pude ir. a mesma coisa em 2007. pois quando, no final do ano passado, a livraria da vila me mandou um email convidando para o 'navegar é preciso' fiquei super entusiasmada. um cruzeiro literário pelo rio negro, com 04 escritores, um grupo de música e leitores. me inscrevi logo. e na semana passada voei para manaus e, de lá, pegamos o barco. foram dias incríveis, com programação intensa. vi botos, fiz carinho neles, andei por igarapés e igapós, vi pássaros, araras, tucanos, socós-boi, cardinais, urubus. mosquitos não vi, no rio negro não há muitos mosquitos. caminhei na mata, nadei no rio, visitei uma comunidade indígena, ouvi histórias, contei histórias, fiz duas amigas queridas. conversei com os escritores. foi uma delícia. me senti parte de um mundo muito grande. o mundo da floresta, dos céus coloridos, das águas que guardam mil segredos. a amazônia é um dos lugares mais lindos que já vi na vida.

the pride

moma

18 milhas de livros

a strand books é uma livraria que fica na broadway. seu grande conceito é "18 miles of books". é um paraíso para quem - como eu - ama livros. são três andares forrados de prateleiras e mesas, cheias de edições novas e usadas, raras, autografadas. e os preços, ahhh os preços, são tão camaradas, mas tão camaradas que sempre que vamos lá eu e o sergio enchemos uma mala só de livros. dessa vez eu nem trouxe tantos, já que estou no movimento de diminuir o consumo de papel, e já que comprei o ipad, sempre acho que posso comprar uns e-books. mesmo assim, comprei alguns do murakami, dois da pd james, um da agatha christie (minha favorita escritora da minha meninice) e uma pérola: the book of symbols, reflections on archetypal images. hoje estou debruçada nele como uma menina com sua primeira boneca.

beaux

no museu noguchi

estava um dia frio, cinza. pegamos o trem e fomos ao queens visitar um museu novo para nós: o museu do noguchi, um belo escultor japonês. essa árvore fica no jardim da casa e ao fundo está uma das várias esculturas.