rio de janeiro

fiquei a semana passada no rio de terça a sábado. foi uma delícia. ficamos em copacabana, num hotel de frente para o mar. acordar e dormir olhando para o mar é uma experiência e tanto. minha melancolia se ausenta de mim no rio. fico mais leve, mais feliz, achando que a vida pode ser realmente bela e linda.

a beleza da cidade entra em mim e me faz sonhar, sorrir, sondar possibilidades de-quem-sabe-um-dia comprar um pequeno apartamentinho por lá e passar umas temporadas, escrevendo, caminhando no calçadão, vendo as velhinhas de copacabana, os moços e moças do leblon, as crianças e cachorros em toda parte. foi a primeira vez que fiquei em copacabana, e lembrei do que alguém um dia me disse:
- se todo mundo resolver descer dos prédios de copacabana ao mesmo tempo, tudo para. ninguém mais anda. porque é gente pra xuxu!

a cidade estava em dias do rock'n rio. eu não fui aos shows, mas pude perceber o burburinho ao meu redor. o trânsito, jovens com camisetas do festival andando apressadamente, o agito em frente ao copacabana palace, que devia estar hospedando algumas celebridades de alto quilate - talvez steve wonder, talvez lenny kravitz, shakira? não sei, só sei que as meninas faziam plantão de shortinhos e gritinhos em frente ao hotel.

enquanto isso, a vida corria normal. pessoas caminhando na orla a todas as horas do dia. eu inclusive fiz isso todos os dias e a qualidade de vida ganha consideráveis pontinhos positivos. a brisa do mar ventava e levava embora os pensamentos. acho que é mais fácil meditar no rio. penso que talvez seja por isso que haja tantos espaços de yoga pela cidade.

eu acordava cedo, andava na praia, voltava tomava banho e trabalhava. depois encontrava o Sérgio e íamos almoçar. sempre em algum restaurantinho ali por perto do hotel. aí andávamos pelas ruas, observando lojas, prédios e pessoas. descobrimos ruazinhas super simpáticas, um bar com nome de OrgasmoBar, escrito tudo junto, velhinhas de carrinhos de golfe, andando para lá e para cá. orquídeas presas nos troncos das árvores e a brisa, sempre a brisa. não estava tão quente - 21 graus. à tarde, eu trabalhava mais um pouquinho e final do dia, mais uma caminhada na areia. do arpoardor ao leme. do arpoador ao leblon. à noite, fomos na exposição do Sérgio em um dos dias e em outros fomos jantar fora. andando pela avenida atlântica, cruzando prostitutas e cafetões e mães de famílias, e rapazes correndo depois do trabalho e gringos, muito gringos. nunca vi tantos estrangeiros assim em São Paulo.

na sexta-feira, tirei o dia de folga. não liguei o computador, não chequei emails, não fui no facebook, nada, fiquei passeando pela cidade. fomos ao centro, visitamos o Centro Cultural Banco do Brasil, fomos à Confeitaria Colombo, almoçamos em um bar português e depois andamos na praia, areia, sol, vento e bolinho de bacalhau. à noite fomos no Amir, um restaurante Árabe em frente à Praça Lido. conhecemos Oswaldo, um carioca de seus sessenta anos que jantava sozinho, tomando uma cerveja e ouvindo Cartola no seu Ipod. num instante ficamos sabendo de toda sua vida. estava esperando seu motorista que iria levá-lo à Petrópolis, onde estava sua família. mas o motorista estava preso no trânsito e não chegava, então ele estava ali a curtir a vida e a música. a celebrar, pois afinal o que existe melhor do que celebrar?

brindamos.


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